John Wick 3: Parabellum

John Wick 3: Parabellum

21 de março de 2023 0 Por Filipe R. Bichoff

O terceiro capítulo da saga incansável, literalmente, de John Wick, prova que além de ser possível manter a qualidade de uma franquia é possível escalar, um exemplo disso é como a cada filme a direção explora novos caminhos e se aprofunda na trama, algo que vem acontecendo gradativamente a cada longa de maneira inteligente, com isso o longa escapa da mesmice e mantém o público interessado.

Se passando em um curto espaço de tempo entre os longas, o que facilita a conexão entre os mesmos e a crescente na frenesi, tendo em vista que a cada filme os desafios de Wick (Reeves), se ampliam, o que vemos aqui parece ser o ápice de tal artimanha devido as circunstancias aqui presentes, seja por complexidade na trama ou os desafios que o personagem enfrenta, o que resulta em combates mais variados, seja no oponente ou no local em que aconcete. 

Devido às consequências do último longa os primeiros minutos de John Wick 3 são desconcertantes, e a partir daí a direção da uma prévia sobre o que veremos a seguir, realmente são momentos de tirar o fôlego e que já desenvolvem a problemática e suas devidas proporções. Com o capítulo três da franquia o diretor prova que a ação, junto à sua criatividade, não tem limites. Aqui o diretor vai além, e explora novos planos nas sequências de luta ainda mais frenéticas  

O que nos leva ao grande feito de John Wick 3, a narrativa calcada na ação, o longa conta com poucos momentos em que o espectador pode respirar, e ainda assim são momentos que mergulham na origem pouco explorada do protagonista, o que torna a trama mais rica e não apenas um amontoado de sequências de ação. 

A trilha sonora eletrônica embala as sequências de ação incríveis, que aqui além de ir a lugares incomuns, como encima de um cavalo, ou incluir cães em uma sintonia perfeita, o diretor para demonstrar o desgaste e a dificuldade do personagem estende as sequências de luta até o limite, e olha que são muitas, Halle Berry apesar de uma curta participação consegue ser marcante, e protagoniza uma das melhores sequências do longa ao lado de Keanu. A extensão das sequências transmite ao público uma sensação de fadiga, somados à empolgação que traz as sequências, colocando o espectador na pele do personagem, isso tudo sem perder o mínimo de proximidade com a realidade, feito que só é possível graças a ótimos efeitos visuais.  

Por fim, o longa que parecia marcar o fim da batalha de John culmina em um recomeço, e deixando no ar uma dúvida cruel, quais serão os caminhos que o próximo longa irá trilhar? Só podemos esperar e torcer para que a qualidade seja mantida, para essa que se tornou além de uma das maiores franquias de ação, mudou a forma como a mesma deve ser feita.

Crítica por: Filipe R. Bichoff

Título: John Wick 3: Parabellum

Avaliação: ⭐️⭐️⭐️⭐️⭐️ / 10

Direção: Chad Stahelski

Elenco: Keanu Reeves, Halle Berry, Ian McShane, Laurence Fishburne, Mark Dacascos, Asia Kate Dillon, Lance Reddick

Duração: 2h 10m

Roteiro: Derek Kolstad

Fotografia: Dan Laustsen

Trilha sonora: Tyler Bates, Joel J. Richard

Ano: 2019