Escolha ou Morra
O novo lançamento da Netflix chega com promessa de ser um terror slasher com inspiração nos clássicos dos anos 80, citados a todo momento durante a trama, porém não só de homenagens se constrói um bom filme, apenas o slasher gratuito sem um personagem de peso, não garante o mínimo de qualidade para a trama, e por vezes a direção se esquece disso.
A trama já se revela não ser muito promissora em sua fraca premissa, mas que ao menos consegue revelar a base da trama e até chama a atenção do espectador, que diante dos fatos fica intrigado para saber o que vem a seguir, naquilo que parece ser uma espécie de jogos mortais moderno.
A promessa de algo inspirado nos clássicos dos 80 fica apenas na promessa, são citações à esmo e até mesmo a tecnologia usada para apresentar o jogo é deixada de lado, e até mesmo a explicação sobre a maldição que acompanha o jogo é rasa e preguiçosa, cabe ao espectador aceitar o que vê em tela.
Algo comum em longas que sabem de sua trama sem potencial é se garantir no slasher, porém aqui isso não acontece, o longa conta com uma ou duas sequências sangrentas e só, as demais sequências acontecem fora do campo de visão do espectador, uma tentativa fracassada da direção em causar tensão.
Após isso tenta se segurar em uma trama vazia, onde a trilha sonora prenuncia uma emergência de algo que não acontece, então devido à falta de conteúdo a direção se alonga o máximo que pode em diálogos expositivos para algo que se quer precisa ser explicado, pois já vem sendo repetido desde a cena de abertura.
Com isso temos um longa de curta duração que se faz extremamente arrastado, sendo um feito e tanto por parte da direção. A falta de carisma dos personagens também colabora para a falta de interesse do espectador, levando o mesmo a não se importar com o destino dos personagens devido à falta de conexão entre as partes. O longa ainda conta com uma “batalha final”, que de tão ridícula a única sensação que causa é vergonha alheia.
Crítica por: Filipe R. Bichoff
Título: Escolha ou Morra
Avaliação: ⭐️⭐️
Direção: Toby Meakins
Elenco: Asa Butterfield, iola Evans, Robert Englund, Eddie Marsan, Ryan Gage
Duração: 1h 24m
Roteiro: Simon Allen
Fotografia: Catherine Derry
Trilha sonora: Liam Howlett
Ano: 2022